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7 mulheres empreendedoras de sucesso

Fonte: Endeavor – Escrito por Gabriela Levy

Se depender do exemplo delas, vai ser cada vez mais comum encontrar mulheres empreendedoras tocando grandes negócios.

Como uma atendente do McDonald’s veio a liderar o instituto de beleza que há 20 anos forma filas nas portas? O que fez a “caipira” do interior de Santa Catarina transformar a camisaria de seus pais na maior do Brasil? E o que a menina vendedora aprendeu com a mãe e a tia Luiza, para formar uma das maiores redes de varejo do país?

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, contamos a trajetória de 7 mulheres empreendedoras, à frente de 5 negócios de altíssimo impacto. Da criança que fez da mãe costureira seu símbolo de inspiração e coragem, à paulistana que realizou mais de 70 viagens à China para reduzir nosso consumo de energia elétrica, você vai conhecer alguns dos maiores ícones femininos de força e determinação no empreendedorismo brasileiro.

Confira abaixo suas histórias:

Luiza Helena Trajano | Magazine Luiza

Luiza Helena Trajano é uma das mulheres mais poderosas do Brasil. Por 24 anos, esteve à frente do Magazine Luiza, uma das maiores marcas do varejo do país, com e-commerce e 113 lojas físicas, distribuídas por 819 cidades, de 21 estados. Só em 2019, as vendas totais do Magalu foram de 27,3 bilhões de reais.

Além disso, a empresa está no ranking das “Melhores empresas para se trabalhar” há 22 anos consecutivos. Hoje, ela atua como Presidente do Conselho de Administração do Magalu e é Embaixadora Endeavor, e divide suas horas em inspirar, mentorar e investir em empreendedores e empreendedoras por todo o Brasil.

Durante seus quase 30 anos de trajetória, recebe centenas de reconhecimentos e premiações como empreendedora, empresária, mulher e líder – ficou em 1º lugar, nos dois últimos anos, como líder de negócios com melhor reputação no Brasil, de acordo com a Merco, e também como a única executiva brasileira na lista global do WRC – World Retail Congress.

Luiza Helena Trajano é um grande exemplo de liderança no Brasil, uma líder que assume sua responsabilidade em reduzir desigualdades para potencializar o crescimento do país.

Veja o seu impacto no ecossistema apoiando empresas fundadas e/ou lideradas por mulheres:

Leila Velez e Zica Assis | Beleza Natural

Uma ex-empregada doméstica, um ex-taxista e dois ex-atendentes do McDonald’s. Todos os dias, os quatro entravam em ônibus urbanos para colar, no vidro atrás do motorista, um papel xerocado. “Se seus cabelos são um problema, nós somos a solução”, dizia o anúncio. À noite, o papel era arrancado pelos supervisores. De manhã, lá estavam eles de novo, fazendo sua divulgação.

Essa história começou há 21 anos, quando Zica Assis começou a misturar produtos e matérias-primas em busca da fórmula que traria balanço a seus cachos super rebeldes. Foram incontáveis testes, que chegaram a deixar familiares carecas, até encontrá-la. Nascia o Beleza Natural, primeiro instituto especializado em cabelos crespos e ondulados do Brasil. Na época, ele era uma salinha de 30m² que recebia imensas filas na porta, tocada por quatro sócios – aqueles do início. As chances de dar errado eram grandes, mas nas palavras da presidente e co-fundadora, Leila Velez, “a gente acreditava muito em um sonho e era tudo que a gente tinha”.

Mulheres empreendedoras – Sonho Grande de Leila Velez:

Sônia Hess | Dudalina

Numa das idas a São Paulo para reabastecer o estoque da vendinha, Seu Duda acabou comprando muito mais do que deveria de um tecido. Prejuízo certo em uma época em que as coisas não eram tão acessíveis como hoje, o espírito empreendedor de Dona Lina assumiu o controle. Ela descosturou uma camisa que tinha na venda, entendeu como a peça era feita, contratou duas costureiras (que passaram a trabalhar no quarto dos filhos) e, naquela tarde, fizeram três peças que venderam bem rápido. Da situação, Dona Lina viu uma oportunidade e assim nasceu a Dudalina, em 1957.

Seu Duda e Dona Lina são os pais de Sônia Hess. Ela, empreendedora, ele, poeta. As primeiras lojas de Balneário Camboriú foram deles. Segundo Sônia, as tocadas pela mãe, de quem herdou a sensibilidade para os negócios, eram muito mais bem sucedidas. Com 11 irmãos homens, Sônia assumiu a presidência da camisaria fundada pelos dois e a transformou na maior exportadora de camisas do país. Perguntada se ser mulher atrapalha, ela responde que não: “o que importa é o espírito empreendedor”.

Veja sua trajetória de superações e desafios, mas também de muito sucesso, no Day1:

Alcione Albanesi | FLC

Alcione Albanesi nasceu prematura – brinca que nem na barriga da mãe, conseguiu esperar para fazer as coisas, e sua veia empreendedora se manifestou cedo. Com 14 anos, arranjou um trabalho como modelo, mas o que ela queria era ser dona da confecção de roupas, por isso se inseria nos bastidores do corte e costura. Montou sua própria confecção e, com 17 anos, já tinha 80 funcionários.

Em 1992, com a confecção vendida e outra loja bem-sucedida em funcionamento, Alcione encontrou uma lâmpada fluorescente sendo vendida a baixo custo em uma loja nos EUA, várias vezes mais barata que no Brasil, onde ainda era novidade. Quando leu “Made in China” no produto, resolveu ir sozinha visitar o país e perguntar pelas lâmpadas. Foram 71 viagens à China desde então, que contribuíram para a criação e o rápido crescimento da FLC.

No painel do CEO Summit 2014, Alcione Albanesi conta como é estar a frente de uma empresa líder. Confira a trajetória empreendedora da fundadora da FLC:

Janete Vaz e Sandra Costa | Laboratório Sabin

As bioquímicas Janete Vaz e Sandra Costa já eram amigas quando se tornaram sócias. Janete conta que, desde criança, observava o pai fazendo negócios no alpendre da casa. Sandra lembra a inspiração empreendedora de sua mãe, costureira que fez da sua profissão um grande negócio e foi seu exemplo de coragem. Honestidade, sinceridade, palavra, trabalho… Os valores herdados da família foram trazidos para o Sabin e fizeram dele um dos melhores lugares para trabalhar no país.

Com muita humildade para aprender, essas duas mulheres empreendedoras começaram buscando credibilidade junto à classe médica e perceberam o quanto precisavam se capacitar. “Nós não sabíamos fazer gestão, éramos duas farmacêuticas”, comenta Janete. Com apoio de profissionais especializados, o Sabin, que começou com três funcionários, alcançou a marca de 2000. Aos novos colaboradores, elas repetem a frase que se tornou um lema desde que, sentadas na calçada, observavam o prédio da empresa que acabavam de criar: “Tire seus sonhos da gaveta”.

Confira o Day 1 do Laboratório Sabin, que começou há 30 anos e hoje é referência em cultura organizacional:


Fonte: Endeavor – Escrito por Gabriela Levy

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